segunda-feira, 24 de maio de 2010

SC entra na rota do Luluzinha Camp

Mulheres do Sul Catarinense saem na frente e promovem o 1º Luluzinha Camp no Estado

Tubarão será a primeira cidade catarinense a realizar uma edição regional do Luluzinha Camp, evento voltado exclusivamente para o público feminino que reúne blogueiras, twitterias e afins. A data segue o calendário oficial do Luluzinha Camp, dia 19 de junho, às 16 horas, no bar Café com Pinga.
As inscrições podem ser feitas através deste formulário e o valor é de R$ 15,00.
A jornalista Maitê Lemos é quem está trazendo o evento ao Estado. Ela diz ter observado o crescente interesse das mulheres da região quando o assunto é Internet. "Também estamos preparando outras surpresas para agitar as meninas até o dia do Luluzinha Camp", afirma Maitê que aposta no sucesso de evento.
O Luluzinha Camp foi criado pela jornalista Lúcia Freitas, em agosto de 2008, em São Paulo. A ideia inicial era fazer um encontro por ano. Porém, o evento caiu no gosto das internautas e hoje são quatro por ano.
Apesar do espírito descontraído, a organização chama atenção. As datas e os temas são definidos pelas idealizadoras do Luluzinha Camp. Funciona assim: em março, junho e dezembro, são promovidos os  encontros regionais e, em setembro, acontece a reunião nacional, em São Paulo. 
Este próximo terá como tema o meio ambiente. "Mas é claro que a gente quer mesmo conversar é sobre web", ressalta Maitê.
Além de São Paulo, cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Juiz de Fora e Salvador também realizam o evento.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Propagando boas ideias


Lixo que vira madeira de boa qualidade e ainda ajuda a preservar a natureza

Você já ouviu falar em PAD?
Não, não é nenhum novo pacote do governo.  Esta é a sigla para Polietileno de Alta Densidade, popularmente chamado de madeira plástica, e comercialmente conhecido como madeira biossintética.
Porém, acredito que não seja ainda assim tão popular, pois eu nunca tinha ouvido falar. Conheci hoje, 16/05, através de uma reportagem exibida pela Globo News.
Mas você deve estar se perguntando, o que tem de incrível nesta madeira, se ela é de plástico?
Então vamos às explicações e aos argumentos:
A madeira biossintética é obtida pela junção de resíduos plásticos e fibras naturais ou sintéticas que, devidamente triturados e misturados a altas temperaturas, são prensados e transformados em madeira plástica.
Este material é altamente resistente à impactos, à ação do tempo e às condições climáticas, além de ser impermeável e imune aos cupins. Também comparado à madeira, é menos inflamável.
Outra vantagem é no processo de fabricação, que não utiliza água e nem agentes químicos, evitando qualquer tipo de resíduo.  E, na hora de beneficiar, ela não faz pó, sendo bem mais saudável para o trabalhador.
Aqui no Brasil, a madeira plástica é produzida por uma empresa de Belo Horizonte, com tecnologia 100% nacional. Por mês, 500 toneladas de resíduos plásticos são transformados em madeira biossintética e, a cada 700 quilos do material, uma árvore é poupada na natureza.
De acordo com a empresária Marta Borges, a madeira plástica pode substituir a madeira original em qualquer área, desde arquitetura, construção civil, transportes, enfim.  “O preço é compatível com o da madeira de lei”, ressalta.
Nos Estados Unidos, grande produtor de resíduos plásticos, o material já é conhecido e utilizado pelo governo de Los Angeles desde 1990, em praças e projetos urbanos.
O que está faltando para o governo brasileiro investir em projetos que estimulem o uso da madeira plástica?
Fico imaginando projetos sustentáveis de moradia, de emprego e renda, de melhorias dos espaços públicos, principalmente com o aval de ser totalmente ecológico.
Esta é uma ideia que deve e merece ser propagada!

Quem se interessou, pode saber mais sobre a madeira biossintética .

Beijos,
Ju Bettini




sexta-feira, 7 de maio de 2010

A difícil missão de educar


Às vésperas do dia das mães, nada mais apropriado que falarmos de: Filhos!
E, ao falarmos nos filhos, não há como escapar de falarmos de: Educação.
Chega ser contraditório, mas com toda a “evolução” da humanidade, desde direitos adquiridos pelas mulheres, crianças, adolescentes, homossexuais, negros, enfim, até os avanços tecnológicos e científicos, quando o assunto é educação de filhos, a maioria das pessoas esbarra em inúmeras dúvidas e medos.
De antemão, posso assegurar-lhes de que isso é mais que normal.
Porém, para ajudar a esclarecer algumas dessas dúvidas e aliviar um pouco os medos, conversei com a psicóloga educacional, Vivian Mara Felippe Zanette, que há mais de 25 anos trabalha com educação infantil.

Entrevistas & Entrelinhas: O que você avalia como principal erro cometido pelos pais modernos?
Vivian: Se formos considerar os pais da realidade da nossa escola, o pessoal da classe média e média alta, eu acredito que é o excesso de compras. O consumismo em encher as crianças de brinquedos e achar, muitas vezes, que estes podem substituir a companhia dos pais.

E&E: Castigar, punir, gera traumas?
V: Aí vai depender do tipo do castigo e da punição.
O que sabemos é que não educa ou, pelo menos, não educa da forma que deveria educar. O que nós precisamos é conversar com a criança, convencê-la de que agiu mal e explicar o porquê. Tentar fazer com que ela compreenda o que causou na outra pessoa agindo assim. Imaginar como ela se sentiria se alguém tivesse a tratado dessa forma.
Com isso, estaremos desenvolvendo um jeito mais autônomo de se comportar. Ela vai melhorar porque acredita e percebe que não está sendo legal para os outros. E não por ter medo de receber um castigo, porque vai apanhar, essas coisas que a gente ouvia muito antigamente. Hoje, a idéia é que a gente possa eliminar a frase “se você fizer isso, você vai apanhar”. Fazendo com que a criança se convença de que agindo mal ela pode prejudicar alguém e também fazendo-a se colocar no lugar do outro. Desta forma, estamos contribuindo para a formação de um ser moralmente autônomo.

E&E: E a recompensa, educa?
V: Também não.
Quase tanto quanto a punição, a recompensa é uma forma externa, heterônoma, de tentar controlar o comportamento da criança. Ela vai agir daquela forma, porque ela sabe que mais na frente vai haver a recompensa. Em se tratando de crianças pequenas, o problema é que elas vão se acostumando assim. Hoje ela se comporta pra ganhar um sorvete, amanhã para ir à pizzaria, depois é para ganhar um brinquedo e assim vai crescendo, a criança se acostuma ao ponto de passar a controlar os pais através das coisas que eles podem dar a ela. É até muito comum ouvirmos adolescentes falando que só vão estudar para o vestibular se depois ganharem um carro.
Então fica aquela coisa de agir por conta de algo de fora, por um estímulo externo. A criança não se habitua a fazer porque ela entende que é o melhor para ela e para as pessoas que ela ama.
Isto também server para desenvolver o senso de amor, de cuidado pelo outro, de compaixão, de entender a visão do outro. Quando incentivamos a criança a fazer em troca de uma recompensa, quando criamos nela o hábito de fazer em troca de alguma coisa, com isso, estamos também diminuindo nessa criança o hábito de fazer porque ela se importa com as outras pessoas.

E&E: O que dizer aos pais que se culpam por passarem pouco tempo com seus filhos?
V: Que é preciso desenvolver o hábito de passar algum tempo com os filhos de forma real. Não adianta ficarem três horas com o filho a noite, ao lado dele e, com a TV ligada. Eles não estão assistindo à criança, eles estão assistindo à TV. Podem até dar alguma atenção, mas não estão ligados realmente e de fato na criança. E ainda estão expondo o filho a todas as coisas bem ruins que a televisão traz em termos de notícias, de novelas e tudo mais. O ideal é que cada pai ou mãe possa tirar uns 40 minutos para ir numa outra peça da casa, onde não tenha TV ligada e realmente brincar com o seu filho. Montarem juntos um quebra-cabeça, fazendo com que a criança faça todo o movimento, mas o pai está ali, está junto, comentando, incentivando. Ler uma história para a criança, que não seja muito comprida quando se trata dos pequenos, conversar sobre essa história, imaginar o que ela teria feito se fosse a personagem, desenhar essa história, o cenário... 40 minutos vão passar voando! Devemos usar o que a criança tem de mais rico que é a imaginação.
Por isso, eu digo aos pais que não precisam tirar três horas para ficar com o filho, acabar de mau humor porque não conseguiu assistir ao jornal ou porque não descansou. Que sejam 40, 50 minutos, mas bem gostosos e dedicados à criança, com os brinquedos que ela já tem em casa, não é necessário comprar brinquedos novos! Nossas crianças, via de regra, já possuem muito, o que está faltando é mostrar para a criança como brincar, como os brinquedos funcionam, organizá-los para que ela sempre os encontre quando quiser usar. Mas, principalmente, ensinar à criança a brincadeira. Os adultos esquecem de ensinar a brincadeira. Sei de crianças que, embora tivessem o mesmo jogo em casa, O Pequeno Construtor, foram descobrir aqui na escola que aquele triângulo vermelho serve para fazer o telhado. Ou seja, não teve um adulto junto com ela ensinando-a a brincar.
De uma certa forma, os pais se iludem achando que a educação vem sozinha, que basta ligar a TV e ficar ao lado da criança. Estar ao lado não é esta com a criança.

E&E: Muitos pais acreditam que a criança pequena não consegue entender regras. Isso é uma verdade? Com qual idade já é possível inserir a criança às regras da família e da sociedade?
V: A criança aprende desde que ela compreenda a situação. Um exemplo: os pais comunicam que a família vai a uma pizzaria e que lá ela deve comer à mesa, com os talheres, que lá ninguém fica andando entre as mesas, enfim, como deve ser os modos. Quer dizer, a criança precisa saber antes de ir o jeito de se comportar. E, já estando lá, se a criança tenta fazer diferente do combinado em casa, os pais devem agir com uma certa firmeza na fala, mas sem ser abrupto, grosseiro, lembrar do que foi conversado em casa, dizer para ela olhar em volta, mostrar que todos estão sentados, que é assim que a gente se comporta e aí afirmar: “ 
Eu sei que você consegue se comportar bem, pois lá em casa você se comporta legal, na casa da vovó também, nós não iremos demorar, apenas o tempo de fazermos a refeição”. Então trabalhar com a criança. Mas, a medida que ela não cumpre a regra estabelecida, os pais devem ir embora imediatamente, mandar embrulhar o que sobrou da pizza e ir para casa.

E&E: E a criança que consegue manipular os pais através de birras, de choro, de comportamentos inadequados? Como reverter isto? Se possível, dê algum exemplo.
V: O ideal quando este tipo de comportamento se torna rotineiro, e isto eu até recomendo aos pais, é que planejem uma falsa ida à pizzaria, continuando com o exemplo citado anteriormente. Para que, se a criança se comportar mau, os pais possam sair imediatamente, dizendo a ela: “Que pena, você perdeu a chance de ficar na pizzaria. Mas nós sabemos que você é capaz de ficar, que você consegue ficar. Então numa próxima oportunidade a gente vai tentar de novo”.
O certo é explicar para a criança como vai ser lá, o que vai acontecer e qual será o efeito de um mau comportamento.
Piaget, diz que a criança deve ser privada daquilo que fez mau uso. Ou seja, usou de forma inadequada aquele local, deve ser privada dele. Então, se ela não soube se comportar conforme o combinado em casa, os pais devem sair imediatamente e privá-la do passeio. Mas, sempre reforçando que isto está acontecendo devido a sua atitude e que eles sabem que ela consegue fazer melhor, por isso, numa outra oportunidade eles retornaram. E funciona muito bem, com crianças maiores é a mesma coisa. Por exemplo, as birras em supermercado. Você combina com a criança que ela vai às compras como você e como deverá se comportar. Diga que lá é um lugar para comprar o que a gente precisa e não supérfluos, que ela poderá escolher uma coisa e, então, se ela quiser um chocolate vai se aquilo, mas se depois quiser também uma escova de dentes especial, então deixará o chocolate e assim por diante. Explicado isso para a criança, entra-se no supermercado, caso ela não cumpra o combinado, faça gritaria, correria, birras, o que se deve fazer é deixar tudo e ir embora imediatamente. Também não precisa se alterar. Leve a criança até o carro e converse serenamente, sem brigar. Aí você diz a ela novamente: “Que pena, você perdeu a chance de fazer as compras com a mamãe. Mas eu sei que você consegue se comportar direito. Num outro dia nós voltaremos e eu sei que você vai conseguir”.
Após algumas tentativas é muito certo que a criança vai passar a se comportar de forma adequada. Porque daí ela compreende que a regra precisa ser cumprida para que ela possa usufruir do passeio, da diversão. Assim ela vai entender que é o melhor para todos.

E&E: Podemos então encarar esse discurso do “eu sei que você consegue” como palavras chaves? Quais outras frases de efeito podemos usar?
V: Tem algumas frases que costumamos usar bastante com os alunos e que realmente funcionam, tem um ótimo efeito. Por exemplo: Se a criança ficou com raiva porque ela quer alguma coisa e que nós não podemos dar no momento, ela começa a chorar, esbravejar, ficar com raiva. O ideal é que o adulto diga: “eu sei que você está com raiva, que isso te deixou muito bravo. No teu lugar eu também estaria com raiva. Mas isto não te dá o direito de agir assim”. Então, você permite a emoção da criança, porque a raiva é uma emoção que quando vem a gente não controla. Você aceita que ela sinta aquela emoção, o que você não permite é que ela use isso para agir de forma inadequada, de ferir um colega, de quebrar as coisas, enfim.
Outra coisa importante é que, às vezes, as crianças dizem coisas que machucam, que ferem as nossas emoções. Aí é importante que ela seja informada que magoou o amigo, a mãe, a vovó, verbalizando o sentimento. “Eu fiquei muito chateada, muito decepcionada com o que você disse. Não estou nem conseguindo falar direito. A forma com que você falou me deixou muito triste mesmo”. Porque, às vezes, a gente não dá uma resposta adequada e a criança não imagina que prejudicou o outro, o quanto causou mal, ainda que seja sem agressão física. Nós podemos magoar extremamente uma pessoa só com àquilo que dizemos. O adulto precisa orientar a criança para que ela cuide bem das palavras e não as use para magoar as pessoas.
Por isso, voltamos na idéia de que a criança precisa construir seu comportamento baseada em como ela também quer ser tratada e não por causa de estímulos externos.
Usar a frase: “Como você se sentiria se fizessem isso com você?” Ou, “você gostaria que fizessem isso com você?” E não precisa necessariamente obter resposta, desde que você perceba que de alguma forma a criança pensou a respeito daquilo. Aqui, nós usamos muito estas frases na fase dos mordedores, que é por volta de um ano e meio, dois anos. Ou seja, esse discurso dos pais com as crianças deve começar desde cedo, pois do contrário, quando se derem conta, a criança já cresceu inadequada e aí o trabalho para reverter é muito maior e bem mais complexo. E quando usamos esse discurso desde cedo, as próprias crianças passam a adotá-lo, nós vemos os coleguinhas aqui falando uns aos outros “tu gostarias que fizessem isso contigo?”.  Acima de tudo, eles também aprendem pelo exemplo.
Essa é uma frase muito legal, até melhor do que obrigar a pedir desculpa, porque se eu repenso a minha ação eu não vou repeti-la ou tentar não repetir.
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E&E: Então podemos entender que os métodos usados por programas do tipo Super Nanny são errôneos?
V. No caso desses programas onde há recompensas, cantinho da disciplina, isso tudo são truques que eles usam em situações especiais. Pois, geralmente, o que a gente vê são casos extremos, onde os pais perderam totalmente o controle e já não conseguem mais raciocinar. Nestes casos é preciso mesmo alçar mão destes truques para retomar o controle da situação.

E&E: O que pode acontecer quando o discurso não condiz com o exemplo?
V: Aí não adianta. Não dá para dizer à criança não falar palavrões, quando em casa ela ouve o pai falar. Os filhos se identificam o pai e com a mãe em primeiro lugar. Depois com os avós, os tios. Se for uma criança criada só pela mãe, ela até vai buscar uma figura masculina para se referenciar, mas em primeiro lugar é aquela mãe.
A criança é muito perspicaz, se o adulto diz uma coisa e não age daquela forma, ela até pode por um tempo ou na frente dele agir conforme o discurso, mas com toda certeza, irá mais tarde, ou numa oportunidade, reproduzir o exemplo.

E&E: É saudável a criança ter a agenda lotada: escola, natação, judô/balé, inglês?
V: Todo exagero é perigoso. Dessa forma, o excesso de atividades também não é saudável. A criança precisa ter tempo para brincar com os iguais.
Se ela estuda numa escola legal, que incentiva a brincadeira, tenha parques agradáveis, com espaço, que permita desenvolver brincadeiras coletivas, as quais são muito importantes, pois ajudam a ensinar como é viver em sociedade. Ensinam como é saber ganhar, saber perder.
O que a criança precisa é ter espaços para brincar com outras crianças da mesma faixa etária.
Então, mesmo que a família tenha escolhido uma escola que permita a brincadeira além do trabalho pedagógico, mesmo assim, ela não pode ter uma agenda lotada. Em casa ela também precisa ter espaço e tempo para brincar, para relaxar, para estar com mãe. Crianças pequenas adoram ajudar as mães, elas se divertem com isso, além do que, ela se sente útil e já está aprendendo para a vida, seja menino ou menina, um dia vai precisar.
Por outro lado, aquela mãe de um filho muito compromissado, também acaba se estressando com tantos horários a cumprir, leva para cá, leva para lá e aí ela não também não consegue ser uma boa companhia.
É bacana sim, além da escola, a criança fazer uma natação, um futebol para os meninos, o balé para as meninas, pois exercita, é mais um lugar para fazer amizades, mas não deve ter todos os dias alguma coisa ou chegar ao absurdo de ter mais de duas atividades no mesmo dia, além da escola.

E&E: A epidemia do Crack vem assustando a sociedade. Como podemos fazer para manter nossos filhos longe das drogas?
V: É bem difícil. Eu acredito que passa pelo início, por essa fase pré-escolar em que a gente precisa plantar, plantar e plantar no coração dos filhos o máximo de coisas que a gente puder. Se você consegue ser bem parceira do seu filho nesse momento, mesmo que depois ele se enverede por um caminho que não deve, você vai ter como conversar com ele sempre. Mesmo parecendo no momento que ele não está te ouvindo, no fundo ele te ouve sim. Porque existe essa cumplicidade, essa possibilidade de aproximação. Então, mesmo que o adolescente acabe fazendo uma inserção errada, ele acaba voltando para a família.
O que os pais não podem é desistir. No caso de jovens que já tiveram uma experiência com drogas, o que a gente percebe é que muitos pais desistem dos filhos, pois já não há mais nada a fazer. E aí é que está o erro, tem que lutar até o fim. Abraçar esse filho, planejar passeios com a família e mostrar o lado bom da família. Tentar fazer com que o lado família vença. É um trabalho bem difícil, os pais devem buscar ajuda especializada. Não adianta falar com a vizinha, com a mãe, com a sogra, falar por falar. Tem é que buscar orientação técnica, tem que buscar ajuda séria, gente que sabe o que está fazendo. Não é fácil, mas o que não pode é largar o filho!
Em casa, com as crianças, o que se deve também fazer é orientá-los de acordo com as informações que eles possuem e com o seu grau de entendimento. Afinal, este é um assunto que está na mídia, que entra nas nossas casas e, portanto, temos como abordá-lo e temos que estar preparados para dar as repostas. Falar que a droga é uma coisa muito ruim, que prejudica as pessoas. Mas, às vezes, só falar não é o bastante, pois tem crianças que mesmo com toda a conversa elas ainda se sentem atraídas. Por isso, dizemos que ser parceiro do filho e conversar com ele poderá não ser o suficiente para livrá-lo deste caminho, mas com certeza será um apoio para resgatá-lo. O que precisamos é estar ao lado dos nossos filhos incondicionalmente, até o final. Até que eles saiam do vício, até que eles despertem e digam: onde é que eu estive? Eu estive inconsciente e voltei.
Assim como na parábola do Filho Pródigo, onde o pai mandou matar o melhor cordeiro porque o filho que estava morto voltou.




quinta-feira, 6 de maio de 2010

Entrevista - Mídias Sociais: a vez e a voz de todos

Não há como fugir, as mídias sociais estão aí, crescendo e ganhando novos adeptos. Para esclarecer nossas dúvidas e até instigar ainda mais nossa curiosidade, conversamos com a jornalista Maitê Lemos.

Ela tem 32 anos, é formada em jornalismo, além de ter cursado um semestre de turismo, seis de publicidade e cinco de direito. Fez especialização em jornalismo de moda e iniciou um MBA em jornalismo digital.  "Apesar de todos os cursos, minha vida profissional começou a deslanchar mesmo agora, no último ano. Até este momento, o que eu mais fiz sou ser mãe. Também já publiquei dois livros, plantei uma árvore e tive uma filha", diz Maitê Lemos, nossa entrevistada.
Em seu currículo profissional, ela coleciona freelas muito interessantes, como produção de conteúdo para o blog do Magazine Luiza. No curto tempo que trabalhou em São Paulo, na Remix Social Ideas, participou de campanhas para marcas como Red Bull, Oi, Antarctica e Havaianas.
Também já fez assessoria de imprensa na área política, escreveu para revistas de decoração e negócios, além de ter o próprio blog, o Penso em Tudo, o qual considera seu portfolio.

Entrevistas & Entrelinhas: O termo mídia social, de modo simples, diz respeito ao uso do meio eletrônico para a interação entre pessoas. Certo? Hoje, porém, este meio está se tornando um solo fértil para outros interesses para outros interesses. Fala sobre isso.
Maitê Lemos: Vivemos um momento onde as pessoas não aceitam mais observar o mundo de camarote. Queremos participar.
As mídias sociais representam a oportunidade de sermos ouvidos, de termos nossos desejos conhecidos, de exigirmos nosso espaço.
Isto tem se tornado uma força importante na mão de um grupo que não pára de crescer.
Não é um fenômeno novo. O ser humano sempre quis ter voz e participar dos processos que o cercam. A diferença é que antes isso ocorria apenas nos círculos próximos e, agora, a tecnologia nos permite aumentar o volume a ponto de não podermos mais ser ignorados.
As empresas não têm mais como fugir deste comportamento do consumidor, por isso, e só por isso, começam a investir em mídias sociais.

E&E: Como surgiu o seu interesse sobre as mídias sociais?
ML: O meu interesse nessa área surgiu a partir do Penso em Tudo.
Através do blog, descobri um universo novo de profissionais que começaram a agir de um mondo completamente diferente da mídia tradicional, com a qual nunca consegui me identificar muito.
Logo que entrei neste universo, tive a oportunidade de participar de minha primeira Campus Party, que a maior feira de tecnologia do mundo.
Confesso que fiquei completamente perdida, porque, ao contrário de muitos que se dedicam às novas mídias, eu nunca fui uma Geek. Não gosto de Star Wars, não tenho paciência para assistir um episódio inteiro de The Big Bang Theory, não sou fã de gibis e, até bem pouco tempo atrás, não entendia patavinas de tecnologia.
Mas, apesar de não ter o perfil descrito acima e que, em princípio, se adequa melhor à profissão, eu descobri que as mídias sociais eram a minha praia porque, acima de qualquer tecnologia, o que prevalece é a comunicação entre as pessoas, e como esta interfere nos relacionamentos.

E&E:  Como você vê o futuro da mídias sociais?
ML: Ainda é muito complicado falar sobre isso na nossa região. 
O assunto ainda é muito novo por aqui, mas apesar de que, para muitos, parece um futuro distante, eu acredito que em pouco tempo estaremos todos envolvidos por ações de mídias sociais. Não tem para onde fugir.
Pode até demorar um pouco mais para chegar aqui, como em todos os cantos que não sejam grandes centros, mas não tem com desaparecer. 
Vai chegar.
E&E:Destaque as principais mídias usadas nos dias de hoje e seus pontos fortes.
ML: Acho que no Brasil a principal mídia é o Orkut.
Apesar do Twitter ser a bola da vez, o Orkut permanece reinando absoluto em todo o país.
O interessante é que, mesmo com todas as pesquisas que indicam o site como o mais acessado pelos brasileiros, muitos profissionais de comunicação teimam em discriminar o Orkut por considerá-lo popular demais. Como se este não fosse exatamente o objetivo.
O Facebook vem se popularizando e pode ser muito bem explorado pelas marcas. 
O Fomspring, site onde as pessoas fazem perguntas aos usuários, é um canal interessante quando usado de maneira correta. Acho que pode ser muito bem explorado nas eleições de 2010.
Outros, como Forsquare e Chatroulette são muito novos ainda e não sabemos exatamente como explorar seu potencial comercial.
Pessoalmente, acredito que toda essa parafernália só tem sentido se traz algum benefício para o usuário.
Os modismos passam, e apenas aquilo que de fato nos serve permanece em uso.
E&E: No seu modo de ver, as mídias sociais podem ser vista como um novo filão no mercado de trabalho?
ML: Sem dúvida.
É um novo mercado que se abre e exige adaptação dos profissionais habituados às mídias tradicionais.

E&E: Destaque as vantagens e desvantagens de uma empresa que adere às mídias sociais?
ML: A principal vantagem é se fazer presente na vida do consumidor.
Através do relacionamento gerado nas mídias sociais, empresas deixam de ser distantes e passam a interagir com os usuários das redes.
Isso tem um efeito positivo dificilmente alcançado em qualquer outra mídia.
A desvantagem é que aquele posicionamento antigo, unilateral, não cola nas mídias sociais.
Se a empresa não estiver preparada para ouvir o consumidor e respeitar suas vontades e necessidades, é melhor nem dar espaço para que ele fale.
Uma das coisas que mais irrita é falar para o vazio. Pior do que não poder falar, é falar e não ser respondido.
O efeito da má administração das mídias sociais é devastador.

E&E: Você considera que estamos preparados para as mídias sociais?
ML: Ainda não.
Por sorte, nem nós, nem ninguém.
Estamos todos aprendendo juntos. Dando cabeçada ainda.
Mesmo os grandes profissionais desta área são pessoas que estão desbravando e aprendendo através da experiência própria.
Isto gera muitos equívocos e alterações de rota.
Somos todos cientistas descobrindo uma nova forma de relacionamento.

E&E: Outro dia li em seu site que sua filha já está blogando também. Como é isso, filha de peixe, peixinha é? E como a mãe se sente?
ML: Infelizmente, não é bem assim.
Ela participa de um blog muito interessante. O Ver para Crescer tem conteúdo produzido por crianças e orientado por uma jornalista e uma educadora.
Mas ela não se liga muito no negócio. Entrou mais por uma iniciativa minha, e a primeira coisa que disse, quando eu apresentei a proposta do blog, foi que quando não iria ser blogueira.
Aí entra aquela velha armadilha sobre como os pais projetam nos filhos suas ambições.
Eu lamento por ter começado a blogar tarde, com 30 anos.
Acho maravilhoso que minha filha tenha a oportunidade de iniciar bem cedo, mas tenho que respeitar seus próprios desejos.
Ainda assim, estimulo bastante a atividade porque, além de interagir com outras crianças, o blog favorece que ela desenvolva sua própria expressão, auxilia no relacionamento e na produção de textos, o que favorece o aprendizado da Língua Portuguesa.
Também é muito importante para que se aprenda a pesquisar.
Como dizemos hoje, "não pergunte, Google".

E&E: Obrigada pela entrevista, pela disponibilidade e, para encerrar, o que você diria para quem está começando nas mídias sociais?
ML: Quero muito agradecer a oportunidade de conversar contigo e com teus leitores. 
Para quem está começando, é importante ressaltar que, para aqueles que têm ambições profissionais nesta área, apesar de o número estar crescendo, ainda são poucos os que conseguem ganhar dinheiro diretamente através dos blogs.
Eu, por exemplo, nunca ganhei. No entanto, o Penso em Tudo já me abriu várias portas. É meu portifólio, aonde as pessoas chegam até mim e conhecem meu trabalho.
Além disso, é um espaço de encontro onde conhecemos pessoas incríveis, com as quais jamais teríamos a oportunidade de conversar, e reencontramos pessoas que compartilham opiniões conosco sem que jamais tenhamos desconfiado.

sábado, 1 de maio de 2010

Mídia Sociais

Não é de hoje que meu interesse nas mídias sociais.
Porém, quanto mais eu me aprofundo no assunto, mais interessada eu fico.
Por isso, quero dividir com vocês esta reportagem da Globo News, que vi no blog midiassociais.blog.br/ .



Também quero informar que estou preparando a entrevista com a jornalista Maitê Lemos, citada no post anterior e autora do blog e do site Penso em Tudo.
Confiram o vídeo!

Beijos,

Ju Bettini